Namorar é
bom. Cada um na sua casa, a liberdade de poder deixar as coisas a seu gosto, a
bagunça ou a arrumação sempre a sua medida. E quando passam a viver juntos? É
exatamente disso que vamos falar hoje.
Uma coisa é
um casal novo juntar os trapinhos e felizes e apaixonados não se importarem com
as manias um do outro afinal, enquanto se é novo…pão com ovo!
Para os
casais novos na idade, as implicâncias são sempre as mesmas. No inicio tudo se
releva.
Ele não
ergue a tampa para mijar, ela limpa e não reclama. Ela deixa cremes, secador de
cabelo, chapinha e todos aqueles acessórios “indispensáveis” de belezura a
ocupar todo o espaço da pia do banheiro? Ele repara mas não reclama e
vitorioso, alcança com sacrifício, naquele espaço minúsculo reservado a ele,
sua escova de dentes.
E quem se lembra desses detalhes, no inicio?
Ninguém. Até que passa um mês, dois meses, três, quatro! O que antes era até
bonitinho da parte dele, passa a ser irritante e provocador.
Para elas:
Por acaso
vai cair um braço se ao levantar da mesa levar o prato para a pia? Decididamente teria que ser algum engenheiro
da NASA para saber levantar uma tampa quando se vai mijar?
É preciso
uma inteligência sobrenatural para se lembrar de levar uma toalha quando vai
para o banho, sem que seja preciso ficar aos berros “TRAZ UMA TOALHAAAA” num
volume possível de se ouvir em outro País?
Para eles:
Por que é
tão necessário falar com a mãe ou as amigas vinte vezes por dia? Que tipo de
feitiço seria preciso para que ela fosse as compras e ao menos uma única vez,
não comprasse algo que nunca vai usar e que é absolutamente dispensável? Coisas
da juventude!
E quando
estão ambos na casa dos quarenta? Senta que lá vem a historia!
Quando um
casal maduro resolve viver juntos, não é apenas o corpinho cheio de amor para
dar que levam na mudança. A bagagem vai com amor, carinho, sentimento de
companheirismo e vontade de partilhar. VONTADE DE PARTILHAR? Isso é uma questão
de opinião.
A partilha
também tem muito de paciência. E paciência é sinonimo de sacrifício para certas
pessoas, quando chega a hora de partilhar o seu espaço.
Aquilo que
os casais mais novos têm, de conseguirem relevar situações de stress no inicio
e começarem a se enervar depois de determinado tempo, os casais que se juntam
na maturidade trazem duas malas de roupas, e quarenta malas de manias e
costumes.
Se é ela que
vai para a casa dele.
Mania da
implicância: “A torneira da cozinha que se usa é a da esquerda e não a da
direita amorzinho!”( as duas saem agua igual…mas ele deve pensar que a agua que sai da
torneira esquerda é de graça!). Ontem o meu cinto que é de “pele de saco de
canguru” não estava na primeira gaveta. ( claro que não! porque o saco de
canguru criou pernas e saltou para a segunda gaveta!).
Mania da
limpeza: Ela cozinha, lava a louça, limpa o fogão. Ele ao fim, vai fiscalizar e
faz tudo de novo…da maneira dele.
Mania de controlar os canais da televisão: Todos os
programas que ele gosta, são claramente melhores que qualquer outro que seja do
gosto dela.
Se ele vai
para a casa dela:
Mania de
arrumação: Ontem o meu bibelô de porcelana que comprei na viagem a “Xangrilá”
estava fora do lugar. As roupas escuras estavam misturadas com as claras, a
pasta de dentes estava sem a tampa e teu creme de barbear se transformou num
vulcão e deve ter sofrido algum processo de erupção porque havia creme por
todos os lados do banheiro!
Todas essas cenas podem ser vistas ao inverso
porque existem organizados e desorganizados nos dois sexos. No meu caso
acredito que não reclamaria de bagunça nenhuma, já que sempre fui a “bagunçada
arrumadinha”. Na minha “bagunça” sempre encontrei minhas coisas quando precisei
delas. Para mim, é como diz o ditado: uma pessoa organizada demais é aquela que
também tem preguiça demais para procurar pelas coisas. Temos que ter bom humor
quando o defeito é nosso!
Realmente passar vinte e quatro horas com uma
pessoa não é fácil. Tem que se ter paciência e saber relevar os
defeitos/qualidades do outro. Acontece que ninguém é perfeito. Ninguém! E se
queremos ter quem nos aqueça os pezinhos na velhice, temos mesmo que fechar os
olhos para as manias que carregamos e para as que nos são impostas numa
convivência a dois.
O que o
futuro nos reserva não podemos adivinhar, apenas podemos esperar que tudo corra
pelo melhor para nossa tão sonhada felicidade. Se for preciso vinte e quatro
horas de paciência para se ter felicidade…então que seja vinte e quatro horas
sem cessar meu grande amor!
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