quarta-feira, 1 de maio de 2013

VINTE E QUATRO HORAS SEM CESSAR MEU GRANDE AMOR



Namorar é bom. Cada um na sua casa, a liberdade de poder deixar as coisas a seu gosto, a bagunça ou a arrumação sempre a sua medida. E quando passam a viver juntos? É exatamente disso que vamos falar hoje.

Uma coisa é um casal novo juntar os trapinhos e felizes e apaixonados não se importarem com as manias um do outro afinal, enquanto se é novo…pão com ovo!

Para os casais novos na idade, as implicâncias são sempre as mesmas. No inicio tudo se releva.
Ele não ergue a tampa para mijar, ela limpa e não reclama. Ela deixa cremes, secador de cabelo, chapinha e todos aqueles acessórios “indispensáveis” de belezura a ocupar todo o espaço da pia do banheiro? Ele repara mas não reclama e vitorioso, alcança com sacrifício, naquele espaço minúsculo reservado a ele, sua escova de dentes.

 E quem se lembra desses detalhes, no inicio? Ninguém. Até que passa um mês, dois meses, três, quatro! O que antes era até bonitinho da parte dele, passa a ser irritante e provocador.

Para elas:
Por acaso vai cair um braço se ao levantar da mesa levar o prato para a pia?  Decididamente teria que ser algum engenheiro da NASA para saber levantar uma tampa quando se vai mijar?
É preciso uma inteligência sobrenatural para se lembrar de levar uma toalha quando vai para o banho, sem que seja preciso ficar aos berros “TRAZ UMA TOALHAAAA” num volume possível de se ouvir em outro País?

Para eles:
Por que é tão necessário falar com a mãe ou as amigas vinte vezes por dia? Que tipo de feitiço seria preciso para que ela fosse as compras e ao menos uma única vez, não comprasse algo que nunca vai usar e que é absolutamente dispensável? Coisas da juventude!

E quando estão ambos na casa dos quarenta? Senta que lá vem a historia!

Quando um casal maduro resolve viver juntos, não é apenas o corpinho cheio de amor para dar que levam na mudança. A bagagem vai com amor, carinho, sentimento de companheirismo e vontade de partilhar. VONTADE DE PARTILHAR? Isso é uma questão de opinião.

A partilha também tem muito de paciência. E paciência é sinonimo de sacrifício para certas pessoas, quando chega a hora de partilhar o seu espaço.
Aquilo que os casais mais novos têm, de conseguirem relevar situações de stress no inicio e começarem a se enervar depois de determinado tempo, os casais que se juntam na maturidade trazem duas malas de roupas, e quarenta malas de manias e costumes.
Se é ela que vai para a casa dele.
Mania da implicância: “A torneira da cozinha que se usa é a da esquerda e não a da direita amorzinho!”( as duas saem agua igual…mas  ele deve pensar que a agua que sai da torneira esquerda é de graça!). Ontem o meu cinto que é de “pele de saco de canguru” não estava na primeira gaveta. ( claro que não! porque o saco de canguru criou pernas e saltou para a segunda gaveta!).
Mania da limpeza: Ela cozinha, lava a louça, limpa o fogão. Ele ao fim, vai fiscalizar e faz tudo de novo…da maneira dele.
Mania  de controlar os canais da televisão: Todos os programas que ele gosta, são claramente melhores que qualquer outro que seja do gosto dela.

Se ele vai para a casa dela:
Mania de arrumação: Ontem o meu bibelô de porcelana que comprei na viagem a “Xangrilá” estava fora do lugar. As roupas escuras estavam misturadas com as claras, a pasta de dentes estava sem a tampa e teu creme de barbear se transformou num vulcão e deve ter sofrido algum processo de erupção porque havia creme por todos os lados do banheiro!
 Todas essas cenas podem ser vistas ao inverso porque existem organizados e desorganizados nos dois sexos. No meu caso acredito que não reclamaria de bagunça nenhuma, já que sempre fui a “bagunçada arrumadinha”. Na minha “bagunça” sempre encontrei minhas coisas quando precisei delas. Para mim, é como diz o ditado: uma pessoa organizada demais é aquela que também tem preguiça demais para procurar pelas coisas. Temos que ter bom humor quando o defeito é nosso!

 Realmente passar vinte e quatro horas com uma pessoa não é fácil. Tem que se ter paciência e saber relevar os defeitos/qualidades do outro. Acontece que ninguém é perfeito. Ninguém! E se queremos ter quem nos aqueça os pezinhos na velhice, temos mesmo que fechar os olhos para as manias que carregamos e para as que nos são impostas numa convivência a dois.
O que o futuro nos reserva não podemos adivinhar, apenas podemos esperar que tudo corra pelo melhor para nossa tão sonhada felicidade. Se for preciso vinte e quatro horas de paciência para se ter felicidade…então que seja vinte e quatro horas sem cessar meu grande amor!

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